Três meses depois, no fim de junho de 1950, surgiu outra notícia, qualificada por oficiais da Força Aérea americana como a mais descabelada de todas aquelas sobre discos voadores. O pequeno semanário Talk of the Times publicava duas fotografias como prova da existência dos discos voadores. Dizia-se que tinham sido tomadas no Arizona. A primeira mostrava um enorme disco voador muito inclinado. A legenda da foto dizia:
“Atingido por bombas foguete, o disco explodiu produzindo uma chuva de faíscas e ao redor de 20 cápsulas prateadas caíram na terra de seu interior”.
A outra fotografia era a mais interessante e impactante. Mostrava um pequeno ser com aproximadamente um metro de estatura e brilhantes vestimentas. O “marciano” era sustentado por dois homens de sobretudo que sem dúvida tinham a aparência de agentes do governo. Detrás destes personagens se podiam ver duas jovens que pareciam perplexas e aterradas. A segunda legenda dizia:
“Ao romper-se uma das cápsulas, foi capturado o primeiro marciano. A testemunha ocular McKennerich, do Phoenix, agente da polícia secreta, informa o seguinte: ‘A importância do momento me tinha assombrado. Pela primeira vez via um ser de outro mundo. Ao mesmo tempo me surpreendia o desespero do «homem de alumínio». Seu corpo estava coberto por uma brilhante folha deste metal’. O Observatório de Phoenix estima que este tecido metálico pode servir de proteção contra os raios cósmicos”.
Logo os jornalistas trataram de localizar ao tal McKennerich, com resultados infrutíferos, enquanto que no Observatório de Phoenix informaram não saber nada do assunto.
A história cheirava a fraude e nem sequer era original. Plagiou-se a história das cápsulas das revistas e quadrinhos de Superman. Nenhum dos ufólogos daquela época, incluindo o major Donald E Keyhoe, acreditou na história.
Autor: Kentaro Mori
Fonte: http://www.ceticismoaberto.com/ufologia/primeiro_marciano.htm