O cantor norte-americano Michael Jackson poderia encontrar o descanso eterno no rancho de Neverland, um universo próprio que o rei do pop construiu para se refugiar do mundo adulto e onde a família estuda agora enterrar o artista.
Situado em uma zona vitivinícola do condado de Santa Barbara, ao sul da Califórnia, a propriedade foi o lar de Michael desde que a adquiriu, por US$ 28 milhões, em 1987, até o julgamento por abuso de menores que o artista enfrentou em 2005.
Apesar de o tribunal ter no fim eximido o cantor dos crimes pelos quais era acusado, Michael nunca voltaria a residir em Neverland e se mudaria para o Barein, no Golfo Pérsico.
A morte do artista, no entanto, trouxe a possibilidade de ele voltar a Neverland, um rancho que esteve a ponto de ser leiloado em 2008, devido à inadimplência do dono.
A companhia de investimentos Colony Capital, com a qual trabalha o senegalês Tohme Tohme, ex-representante e amigo de Jackson, entrou em cena naquela época e assumiu a hipoteca pendente de Neverland, estimada em US$ 24,5 milhões.
Fontes da revista "The Hollywood Reporter" afirmaram que Tohme propôs à família do artista transformar Neverland em um parque temático que honre a memória de Jackson e que se transforme em um lugar de peregrinação para fãs de todo o mundo, à imagem e semelhança do sítio Graceland, de Elvis Presley.
O plano de Tohme incluiria o enterro de Michael na propriedade, uma aspecto que vai além da mera vontade dos pais e dos irmãos do cantor, já que são necessárias permissões legais para transformar um jardim em um cemitério.
O site especializado em celebridades "TMZ" constatou que há discussões na família Jackson sobre qual será o futuro de Neverland, assim como sobre a organização do funeral do cantor.