As casas tradicionais japonesas eram comumente construídas em madeira. Por um lado, abundava a madeira de boa qualidade e, por outro, o recurso a ela permitia uma melhor ventilação e penetração da luz, o que convinha ao tipo de clima japonês. O problema era a susceptibilidade ao fogo, mas os edifícios em madeira compensavam com a sua resistência aos terramotos, tão frequentes no Japão, e por serem de fácil construção e demolição. O famoso Horyuji, uma estrutura de madeira do séc. VII, ainda resiste, o que demonstra a excelência da madeira como material de construção.A partir do século passado, o número de casas de cimento aumentou, mas um toque de madeira é algo de que os japoneses são incapazes de prescindir. A maior parte dos interiores das casas de cimento continua a ser de madeira, nem que se trate apenas de painéis de madeira.
Existem certas partes das casas tradicionais a que podemos chamar paredes, komai-kabe. Consistem em camadas de argila, por si só decorativas e revestidas de finas tábuas de madeira nos locais expostos à chuva. O bambu, que além de belo é extremamente robusto e elástico, está presente nas cercas e nos tectos e serve ainda como suporte para as paredes de argila. São também utilizados como caleiras, beirais de telhado ou canos de água, visto serem ocos por dentro. A pedra, devido aos frequentes tremores de terra, não é utilizada como material de construção, mas surge amiúde como degraus ligando o edifício e o jardim.
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