domingo, 22 de junho de 2014

Kriptonita existe e se chama jadarita, diz pesquisador britânico

Kriptonita existe e se chama jadarita, diz pesquisador britânico da France Presse, em Londres


A kriptonita, pedra fictícia utilizada pelos inimigos do Super-Homem para debilitá-lo, existe sob a forma de um mineral muito parecido, declarou um mineralogista do Museu de História Natural de Londres.

Divulgação
Lex Luthor (Kevin Spacey) segura kriptonita em "Superman Returns"
Lex Luthor (Kevin Spacey) segura kriptonita em "Superman Returns"
Chris Stanley afirma que esse mineral --batizado como jadarita devido à região sérvia em que foi encontrado pela companhia mineradora Rio Tinto-- contém os mesmos elementos que os célebres cristais que despojam o super-herói de seus poderes.

O único componente que falta é a fluorita. "Mas todos os demais elementos respeitam a composição química da kriptonita", afirma Stanley.

Ao buscar na internet os nomes dos componentes do mineral que estava analisando, Chris Stanley foi parar no site do filme "Superman Returns" (2006) e então se deu conta de que o inimigo do herói, Lex Luthor, havia roubado de um museu um fragmento de kriptonita guardado num cofre no qual estava escrita sua composição: sódio, lítio, boro, silicato, hidróxido e fluorita.

"Eu tentava encontrar um vínculo com o cristal borosilicato utilizado para conter dejetos radioativos e caí numa coincidência direta com a criptonita. É incrível", declarou o pesquisador.

Ao contrário das pedras luminosas verdes ou vermelhas que abatem completamente o mais famoso filho de Kripton, a kriptonita do mundo real é branca e aparece em pó. Não é radioativa e, claro, não veio do planeta do Super-Homem.

O gás cripton (criptônio, símbolo Kr), que existe na realidade e é utilizado em algumas lâmpadas incandescentes, não está presente na jadarita, motivo pelo qual o mineral não pode ser chamado oficialmente de kriptonita.

Todos os anos são descobertos entre 30 e 40 novos minerais, mas sua composição química deve ser submetida a uma análise rigorosa para ser reconhecido pela Associação de Mineralogia Internacional.

A composição e as peculiaridades da jadarita aparecerão detalhadas no próximo número da revista bimensal "European Journal of Mineralogy", co-editada pelas sociedades de mineralogia da Espanha, Alemanha, França e Itália. O público poderá observá-la no Museu de História Natural de Londres.