sexta-feira, 27 de novembro de 2015

De onde vem o nome Black Friday? Dez curiosidades sobre a data

De onde vem o nome Black Friday? Dez curiosidades sobre a data



Um dos dias mais aguardados no ano por lojistas e consumidores, a Black Friday teve origem nos Estados unidos e hoje é adotada em vários países do mundo, como o Brasil.
Com início nesta sexta-feira, o evento está sua sexta edição por aqui. Os organizadores preveem um crescimento de 12% neste ano nas vendas – um faturamento de R$ 978 milhões.
Nos EUA, o evento acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças, com filas a perder de vista. Todos os consumidores têm um único objetivo: garimpar produtos com descontos que podem chegar a até 90% do preço original.
Mas quando surgiu a BLACK FRIDAY? Por que o evento ganhou esse nome? Confira dez curiosidades envolvendo um dos dias mais famosos do varejo.
1. O termo Black Friday se referia a crises na Bolsa
Embora esteja hoje associado ao maior dia de compras dos Estados Unidos, o termo Black Friday (literalmente "Sexta-Feira Negra" em inglês) se referia originalmente a eventos muito diferentes.
"O adjetivo negro foi usado durante muitos séculos para retratar diversos tipos de calamidades", afirma o linguista Benjamin Zimmer, editor-executivo do site Vocabulary.com.
Nos EUA, a primeira vez que o termo foi usado foi no dia 24 de setembro de 1869, quando dois especuladores, Jay Gould e James Fisk, tentaram tomar o mercado do ouro na Bolsa de Nova York.
Quando o governo foi obrigado a intervir para corrigir a distorção, elevando a oferta da matéria-prima ao mercado, os preços caíram e muitos investidores perderam grandes fortunas.
2. Os desfiles de Papai Noel antecederam a Black Friday
Para muitos norte-americanos, o desfile do Dia de Ação de Graças, promovido pela loja de departamentos Macy's, se tornou parte do ritual do feriado.
Mas o evento, na verdade, foi inspirado nos vizinhos do norte. A loja de departamentos canadense Eaton's realizou o primeiro desfile do Papai Noel em 2 de dezembro de 1905. Quando o Papai Noel aparecia ao final do desfile, era um sinal de que a temporada de festas havia começado – e, por sua vez, a corrida às compras. É claro que os consumidores eram incentivados a fazer compras na Eaton's.
Lojas de departamento, como a Macy's, inspiraram-se no desfile e passaram a patrocinar eventos semelhantes ao redor dos EUA.
Em 1924, por exemplo, Nova York viu pela primeira vez um desfile da Macy's com animais do zoológico do Central Park, totalmente organizado por funcionários da própria loja.
3. A data do Dia de Ação de Graças foi determinada pelas vendas
De meados do século 19 ao início do século 20, em um costume iniciado por Abraham Lincoln, o presidente dos EUA declararia o "Dia de Ação de Graças" na última quinta-feira de novembro. O dia poderia, assim, cair na quarta ou quinta quinta-feira do mês.
Mas em 1939, algo atípico aconteceu – a última quinta-feira foi coincidentemente o último dia de novembro. Lojistas preocupados com o curto período de compras para as festividades do final de ano enviaram uma petição a Franklin Roosevelt (1882-1945) para declarar o início das festas uma semana mais cedo – o que foi autorizado pelo então presidente.
Pelos próximos três anos, o Dia de Ação de Graças foi apelidado de "Franksgiving" (uma mistura de Franklin com "Thanksgiving", como a data festiva é chamada em inglês) e celebrado em dias diferentes ─ e em diferentes partes do país.
Finalmente, no final de 1941, uma resolução conjunta do Congresso solucionou o problema. Dali em diante, o Dia de Ação de Graças seria comemorado na quarta quinta-feira de novembro, garantindo uma semana extra de compras até o Natal.
4. A síndrome da sexta-feira após o Dia de Ação de Graças
Segundo Bonnie Taylor-Blake, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, a Factory Management and Maintenance – uma newsletter do mercado de trabalho – reivindica a autoria do uso do termo Black Friday.
Em 1951, uma circular chamou atenção para a incidência de profissionais doentes naquele dia.
"A síndrome da sexta-feira após o Dia de Ação de Graças é uma doença cujos efeitos adversos só são superados pelos da peste bubônica. Pelo menos é assim que se sentem aqueles que têm de trabalhar quando chega a Black Friday. A loja ou estabelecimento pode ficar meio vazio e todo ausente estava doente – e pode provar", dizia a circular.
5. Black ou Big Friday?
Esse termo ganhou popularidade pela primeira vez na Filadélfia. Policiais frustrados pelo trânsito causado pelos consumidores naquele dia começaram a se referir dessa forma à Black Friday.
Os lojistas evidentemente não gostaram de ser associados ao tráfego e à poluição. Eles, então, decidiram repaginar o termo "Big Friday" ("A Grande Sexta", em tradução literal), segundo um jornal local de 1961.
6. Com o tempo, Black Friday passou a significar 'voltar ao azul'
Os lojistas conseguiram dar uma interpretação positiva ao termo ao dizer que ele se referia ao momento em que os estabelecimentos retornavam ao azul, ou seja, voltavam a ter lucro. No entanto, não há provas de que isso tenha realmente acontecido.
É verdade, por outro lado, que o período de festas corresponde à maior parte dos gastos de consumo do ano.
No ano passado, estima-se que os consumidores tenham gastado mais de US$ 59 bilhões na Black Friday, segundo a federação nacional do varejo dos EUA (National Retail Federation, ou NRF, na sigla em inglês). Mas quanto dessas receitas realmente se torna lucro não está claro, dado que os lojistas costumam trabalham com margens mais apertadas, oferecendo grandes descontos.
7. A Black Friday não se tornou referência nacional até a década de 1990
O termo Black Friday permaneceu restrito à Filadélfia por um tempo surpreendentemente longo. "Você podia vê-lo sendo usado de maneira moderada em Trenton, Nova Jersey, mas não ultrapassou as fronteiras da Filadélfia até os anos 80", disse Zimmer.
"O termo só se espalhou a partir de meados dos anos 90."
8. Ela só se tornou o maior dia de compras do ano em 2001
Embora a Black Friday seja considerada o maior dia de compras do ano, a data não ganhou essa designação consistentemente até os anos 2000.
Isso porque, por muitos anos, a regra não era que os americanos adoravam uma liquidação, mas sim que adoravam procrastinar. Ou seja, até tal ponto, era no sábado – e não na sexta-feira – que as carteiras ficavam mais vazias.
9. Data gerou 'inveja' e ganhou o mundo
Por muito tempo, os lojistas canadenses morriam de inveja de seus colegas americanos, especialmente quando seus clientes fiéis colocavam o pé na estrada rumo ao sul em busca de boas compras. Mas agora eles passaram a oferecer as suas próprias liquidações – apesar de o Dia de Ação de Graças no Canadá acontecer um mês antes.
No México, a Black Friday ganhou novo nome – 'El Buen Fin', ou "Bom fim de semana". A comemoração é associada ao aniversário da revolução de 1910 no México, que às vezes cai na mesma data que o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Como o próprio nome sugere, o evento dura o fim de semana inteiro.
No Brasil, onde o feriado de Ação de Graças não existe, a data passou a ser incluída no calendário comercial do país quando lojistas perceberam o potencial de vendas do dia.

10. A Black Friday corre risco de extinção?
O Walmart, o maior varejista do mundo, quebrou a tradição do Black Friday em 2011, quando abriu sua loja a clientes na noite do feriado de Ação de Graças. Desde então, lojistas por todos os Estados Unidos estão de olhos nos cerca de 33 milhões de americanos ávidos por fazer compras após se deliciar com generosas fatias de peru.
Mas não se preocupe – os lojistas também já inventaram um nome para batizar o dia adicional de compras: "Quinta-feira Cinza".


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

VOCÊ GOSTA DE NATAL EM FAMÍLIA?

VOCÊ GOSTA DE NATAL EM FAMÍLIA?



Fim de ano, época de festas, confraternizações, alegria e, para muitos, aborrecimentos. Os dias que antecedem o Natal trazem a necessidade de tomar decisões aparentemente triviais, mas que podem trazer problemas para o próximo ano inteiro. Decidir que presente vai dar para quem talvez seja o mais fácil de resolver. Decidir onde vai passar a noite de Natal e o almoço de Natal é a decisão mais arriscada, principalmente para adultos que já construíram uma nova família, além de sua família original.
Tradicionalmente o Natal é considerado como a festa para se passar em família. É aí que entra a questão: qual família? A que você construiu pelo casamento ou morando com alguém? A família em que você nasceu e foi criado? A família da pessoa com quem você construiu uma outra família? Quem não casou não está isento desse conflito, porque muitas vezes os amigos formam um grupo tão ou mais coeso que uma família, e nessa hora esse grupo também entra no rol de possibilidades.
Há alguns momentos dessas 48 horas (dias 24 e 25) que são mais importantes que os outros? Ou seja, há um horário nobre do Natal? A maioria das pessoas tende a considerar a noite de 24, até a meia-noite, como a apoteose da festa. Por conta disso, este é o momento mais crucial para decidir.
Um exemplo comum é o de um casal com filhos cujos pais são vivos. Vão passar o Natal em sua própria casa, com seus filhos? Vão para a casa dos pais do marido? Para a casa dos pais da esposa? Vão juntar todo mundo? Vão passar a noite de 24 com os pais de um e o almoço de 25 com os dos outro? E os cunhados e cunhadas, vão poder ajeitar seu horário de forma que coincida com os seus?
Decisão difícil... O difícil não é decidir onde você vai passar a noite de 24, mas onde vai deixar de passar."O difícil não é decidir onde você vai passar a noite de 24, mas onde vai deixar de passar." Cobranças, reclamações, mágoas... Prepare-se, elas virão de algum lugar.
Por que muitos de nós precisam sentir-se prestigiados pela escolha dos filhos em passar a noite de Natal em nossa casa? O que representa um filho não vir para a noite de Natal? Ele me ama menos? A família em que ele foi criado é menos importante para ele do que a família que ele construiu? Por que me sinto menos por ele não vir na noite de Natal? Por outro lado, por que sinto mais obrigação do que prazer em passar o Natal com os meus pais ou os meus sogros? Por que sinto tanto medo de magoar?

MÁGOAS GUARDADAS

Como em todo relacionamento, a dificuldade de comunicação é um pedregulho no sapato. Deixamos de falar o que pensamos e, principalmente, o que sentimos, com medo de magoar, com medo de ser mal interpretados. Muitas vezes, pequenos problemas que não são falados, vão crescendo dentro de nós até o dia em que ou explodimos ou evitamos o contato. Numa data como o Natal, na qual as pessoas podem sentir-se obrigadas a estar juntas, é natural que esses sentimentos e mágoas que carregamos no bolso do coração entrem em ebulição novamente, causando mal estar. Sem dúvida, este não é o melhor momento para trazer à tona assuntos tão delicados que vêm sendo escondidos ou cultivados com pitadas de ressentimento, raiva, incompreensão, intolerância. Porém é possível dizer o que você sente em relação a uma situação que se apresente no momento, tomando o cuidado para não contaminar com as mágoas escondidas. Expressar o que você sente é o primeiro passo para estabelecer ou melhorar uma relação familiar. Não confunda expressar seus sentimentos com o muro das lamentações! Dizer o que você sente não lhe exime das suas responsabilidades em tudo o que lhe acontece, quer dizer, a culpa do que lhe acontece de errado não está nos outros.

Construímos nosso destino com aquilo de que dispomos, com o dinheiro que ganhamos, com o DNA que herdamos, com a educação que recebemos, com os amigos que fazemos. Seguimos (ou não) um mapa inconsciente que desenhamos com o nosso eu interior, e que mostra para onde apontam nossos propósitos e intenções mais profundos. Se ignoramos o mapinha e vamos para onde o mar da rotina e do conformismo nos leva, isto é nossa responsabilidade e não devemos acusar os outros por isto.

Voltando ao Natal, para sua decisão, busque aquilo que lhe é possível neste momento, mas procure perceber aquilo de positivo que traz união à sua família. E expresse o que você sente, seja por palavras, por um abraço, um tapinha nas costas, um sorriso. O espírito de Natal, afinal, é constituído pela união de nossos corações.
Feliz e expressivo Natal! Paz em seu coração!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

"Ele só me quer comer"



"Ele só me quer comer"

Este é um dos maiores dramas das mulheres neste século. Os homens estão demasiado focados na sexualidade e não querem nada sério. No feminino, a sensação é desagradável e faz mal à nossa auto-estima. Ninguém gosta de se sentir um objeto, e ninguém devia permitir-se a esse sentimento.

Mas, sem querer defender estes ordinários, vejo cada vez mais mulheres a usar homens como objetos também, só não o fazem de forma sexual. Minhas amigas, quando saem com homens por causa do dinheiro deles e de todo o status que isso vos pode trazer, estão a usá-los como objetos também.

E atrevo-me a ir ainda mais além. Muitas vezes, as mulheres que só pensam em namorar e ter um relacionamento sério também acabam por ver os homens como objetos -  objetos para as suas fantasias de namoradas e de casaizinhos perfeitos. A personalidade daqueles homens nem interessa, eles são automaticamente, aos olhos destas mulheres, namorados em potencial.

E quanto às meninas que ficam revoltadas porque foram para a cama e o tipo não ligou no dia seguinte, a minha resposta é simples. MAS ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ? Como é que se podem sentir usadas por alguém que mal conhecem? Pelo menos fazem um esforço para perceber por que é que ele não ligou? 

Uma das coisas que mais me irrita é que queiram assumir uma relação comigo sem me conhecer, que se desfaçam em clichés sem tentar ver além do óbvio. Pessoas desesperadas por relacionamentos sérios, acabam por se envolver com qualquer pessoa, com a primeira que aparece, mas isso não é gostar do outro, é gostar de ter alguém.

Do mesmo jeito que muitos homens só nos querem comer, muitas mulheres (e alguns homens também) só querem uma relação, seja com quem for, e ambos os tratamentos transformam a outra pessoa em objeto. Mas moralmente, sexo é mau e namoro é bom. Quem quer apenas sexo, não presta; mas quem quer uma relação, sem sequer se dar ao trabalho de conhecer profundamente a outra pessoa, é uma pessoa de valor. (Mas que valor?) Devíamos namorar com quem gostamos, porque gostamos, e não porque a sociedade nos diz que devemos namorar.O ideal é conhecer a pessoa ,se apaixonar e fazer amor com quem se ama, está faltando romance.As mulheres se dando fácil demais e os homens  fazem a parte deles "só querem comer" .

 Andreia Vieira

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

GREVE DOS CAMINHONEIROS SE INICIA NESTA SEGUNDA-FEIRA PODE PARAR O PAÍS

GREVE  DOS  CAMINHONEIROS  SE  INICIA  NESTA  SEGUNDA-FEIRA   PODE  PARAR  O  PAÍS



Caminhoneiros paralisarão sua atividades em todo o país e movimento preocupa o governo. Alimentos e combustíveis poderão faltar.


A partir deste segunda-feira, dia 09 de novembro, será decretada a greve geral dos caminhoneiros no Brasil.  O movimento que já vinha sendo anunciado por toda a última semana e começou a ganhar força, neste final de semana. Pelo menos, em alguma cidades da região sul, o movimento começou já neste domingo. A categoria decidiu pelo movimento, para protestar contra a alta do preço do diesel e o preço praticamente estáveis dos fretes. Entretanto, de acordo com os organizadores do movimento, o motivo maior é para pressionar pelo impeachment da presidente Dilma.
Os representantes do Comando Geral de Transportes lançaram uma convocação para todos os caminhoneiros do país para que paralisem as suas atividades, na data definida acima. De acordo com Ivar Luiz Schmidt, um dos representantes do movimento grevista, todos os companheiros da direção já foram convocados para pressionar pela saída de Dilma do poder.
Nos estados da região Sul, onde teve início o movimento e a sua adesão está sendo mais intensa, neste início, os moradores temendo uma crise de desabastecimento, já começam a estocar comida e combustíveis. Por conta disto, muitos postos de gasolina nesta região já estão sem combustível para abastecer seus veículos.
Além do objetivo político, os representantes da classe elaboraram uma pauta de reivindicações que deve ser entregue ao governo. Os caminhoneiros reivindicam a diminuição do preço do óleo diesel, estabelecimento de um teto mínimo para o preço do frete, uma reserva de 40% para as cargas transportadas, quando for feito para o governo, refinanciamento das dívidas que devem ser aceitas por todos os bancos e a liberação de uma linha de crédito no valor de R$ 50.000,00 para os profissionais do volante que sejam autônomos.
Na área trabalhista, eles pedem o direito a se aposentar após 25 anos de contribuição e manutenção do fator previdenciário em 1%. Eles pedem ainda a unificação do salário da categoria em todo o país.
A presidente Dilma já manifestou preocupação com o movimento e já ordenou que fosse criado um gabinete exclusivo para que sejam acompanhadas, em detalhe, toda a movimentação da paralisação no país. As entidades de policiais rodoviários federais do Brasil já manifestaram as suas posições frente ao movimento, no sentido de que continuarão a desempenhar as suas atividades normais, sem qualquer operação a ser desenvolvida, a fim de evitar que sejam deflagrados confrontos entre os grevista e os policiais federais.    

EMMANOEL GOMES  especialista em política
:



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

E se a gente não der certo?

E se a gente não der certo?




Eu sei que isso pode acontecer. Sei que tudo o que planejamos pode não acontecer. Sei também que você pode se cansar de mim e eu também de você. A gente pode sentir preguiça de responder mensagens. A gente pode começar a ignorar um ao outro. A gente pode priorizar outras coisas que não as respostas um para o outro. Essas coisas podem acontecer.
Não dá para saber se vamos sentir algo forte o bastante para durar por muito tempo. Essa coisa toda de renovar sentimentos, de gostar um do outro um pouco mais todos os dias. Tudo isso pode não acontecer. Toda aquela coisa de cultivar o que sentimos um pouco por dia pode não dar em nada no fim.
Você pode conhecer outra pessoa. Pode passar a achar graça em outra piada. Pode chamar outro alguém no diminutivo. Pode aceitar outros convites para sair, pode rejeitar os meus. Isso pode acontecer.

A gente pode começar a brigar pelos menores motivos. Conversas não vão adiantar. Eu posso te xingar e me arrepender, você pode fazer escândalo sem porquê.
Muita coisa pode acontecer e a gente pode não dar certo.
Você pode não gostar dos meus amigos. E quando não for pior: você pode desconfiar de alguns deles. Nosso ciúme pode se descontrolar e podemos nos ver vivendo dias de guerra em meio a folgas de paz.
E eu também posso não aguentar mais. Eu posso te esquecer entre um dia e outro. Posso torrar a paciência em ter que te avisar que cheguei. Eu posso querer outro corpo perto do meu para deitar. Não dá para ignorar como tudo isso pode acontecer.

E se o passado voltar para nos incomodar? Isso também pode acontecer, eu sei. Você pode sentir uma saudade do que viveu, muito maior que a saudade de me ver de novo na semana. E eu também posso estremecer. Uma foto pode me fraquejar. Um perfume de saudade pode vir me visitar.
Não dá para ignorar tudo o que pode ajudar para que a gente não dê certo.
Então o que a gente faz? E se a gente preferir pensar diferente? Se a gente escolher olhar para o agora e não lá na frente? E se gente lembrar que do começo não dá para enxergar o fim? E se a gente se preocupar mais em aproveitar do que pensar naquilo que pode ou não acontecer?

E se a gente não der certo? E se a gente tentar que não dê errado?

O ciclo do amor moderno

O ciclo do amor moderno




Oi tudo bem, você vem sempre aqui, que perfume bom o seu, aceita uma bebida, qual o seu nome, o que você está estudando, eu também gosto de Los Hermanos, deixa que eu te adiciono no Facebook, deixa que eu pago a conta, quer uma carona, quer subir, bom dia, quero te ver de novo, pode na terça, e na sexta, e no sábado, te pego às oito, você tá linda, tem um restaurante que vai gostar, separei um texto que li na internet pra você, te mandei pelo Whatsapp, você tem tatuagem, você já foi pra Roma, você curte fotografia, você quer pedir a conta, tem um lugar aqui perto que toca uma música boa, quer ir comigo, tudo bem também estou cansado, quer subir, acabou minha camisinha, bom dia, quero te ver de novo, cinema, teatro, tem uma festa também, você tá linda, vamos fazer uma selfie, a peça é boa, quem é Zé Celso, por que você não me falou que os atores interagiam, vamos tomar cerveja, você é mais bonita ainda bêbada, marquei você na nossa foto do Instagram, vou pedir a conta, quer subir, dorme aqui hoje, bom dia, fiz o café da manhã, quer viajar este final de semana, pessoal essa é a Bruna, todo mundo gostou de você, claro que é namoro, a gente se fala durante a semana, ah é bom dia, hoje num dá porque vou ficar preso no trabalho, amanhã num dá tem futebol, depois tem ensaio da banda, é tenho uma banda, pode ser segunda, como você dorme cedo, eu tento passar aí pelo menos pra te dar boa noite, num deu, me enrolei, tô com dor nas costas, minha vó morreu, meu carro tá sem freio, tenho um jantar de trabalho, tá bom eu vou, nossa que lugar chato, que cara trouxa, que garçom trouxa, que mulher bonita, que cerveja quente, que som alto, que merda de ator que quer interagir no bar, reparei sim, você cortou, ah mudou a cor, vamos embora, te deixo em casa, hoje num dá, tô com enxaqueca, tenho que fechar a planilha, a namorada do Caio terminou com ele, minha mãe vem pra são Paulo, é final do campeonato, aniversário da chefe, não estou muito animado, por que você quer terminar, me dá mais uma chance, vou mudar, vamos sair, quando você quiser, onde você quiser, eu te pego, você tá linda, linda, linda, do que fala essa exposição, o artista interage, que interessante, esse bar é de jazz, eu pago a conta, vamos subir, dorme aqui  em casa, fiz café da manhã, o seu perfume é bom, imprimi um texto que li na internet e me lembrei de você, vamos pra Roma fotografar as tatuagens dos atores de peças doidas, mas não nesse mês, não nessas férias, não nesse ano, porque vou ficar preso no futebol, amanhã tem casamento do Caio, minha enxaqueca piorou, minha vó ressuscitou, a minha banda morreu, vou dar um jantar pra minha mãe, meu twitter tá com vírus, tá frio, tá calor e eu não tava a fim de tomar banho hoje.



Vontade de se apaixonar sem ponto final



Hoje acordei com pouco sono e muita vontade de me apaixonar. Coisa rara, admito. Sabe aquela paixão que paira no coração e sobressai no sorriso? Que deixa de ser um olhar discreto e se torna um espirro em público? Estranho dizer mas me apaixonar em silêncio, hoje, não me parece tão gostoso. Diferente dos dias que me digo ser coração fechado, hoje queria gritar pelas ruas como quem dança os amores que viveu. Passar vergonha nas paixões. Essa é a graça de estar apaixonado; evidenciar o que se sente.
Diferente de outros dias, e dos comentários retóricos sobre pessoas solteiras serem felizes com a própria companhia, hoje não almejo me apaixonar pela a vida, pela natureza ou pelo pôr do sol. Quero me apaixonar por uma pessoa, de beijos cheios de arrepios, defeitos encantadores e loucuras parecidas com as minhas. Estou querendo me perder nos fios de cabelos e no cheiro de café pela manhã. Espero que ela goste de ovos pochê. E de beijos na nuca perto da pia. E na surpresa de uma mensagem goste de viajar; vamos para a Turquia amanhã?
Enquanto alguns ainda hasteiam o quão desapegados são, eu só me disponho a viver de novo o que o meu coração pede todo dia. Paixão louca; aquela sensação de sentir-se tão feliz, que o medo lhe diz que tudo isso pode não ser real. Essa é a delícia de se apaixonar, sentir-se perdido em meio a um sentimento que se faz reciproco. Deixemos o desapego para quem ainda acha que coração fechado faz verão.
A verdade é que há um momento na vida da gente em que nos vimos cansados de ter que descobrir as pessoas, perguntar o que fazem, o que gostam, ouvir seus sonhos e interpretar seus sentimentos. Queremos que alguém nos desvende e, como num passe de mágica, nos faça esquecer as rotinas e os desamores. Sem nos prender pela atração lógica, mas pelo aconchego de quem, hoje, nos faz não pensar no amanhã.
Da falta de frio na barriga, vem a fome de ser feliz. Que deixamos a eternidade de um amor calmo para outro dia, hoje quero ser todo euforia. Me surpreenda, pois, esse coração grita por emoções loucas e todas sem explicações.



O amor não pede curtidas

O amor não pede curtidas


De que vale um status de relacionamento com cem curtidas, se os beijos não duram sequer um minuto? De que servem dezenas de declarações públicas quando o que realmente importa é resolvido em modo privado? Qual o sentido em ostentar fotos de casal quando, ao menor sinal de estremecimento, elas são simplesmente deletadas?
A internet, como facilitadora que é, se apresenta como um verdadeiro alento para pessoas que se querem bem e que se encontram fisicamente distantes, porém, ela jamais pode ser um pretexto para a falta de abraços na vida de quem tem essa possibilidade. Quando o assunto é toque, o touchscreen leva desvantagem. Amor pede olho no olho; chamadas de vídeo e mensagens de texto tendem a favorecer os covardes, pois, sempre haverá a desculpa de uma conexão ruim.
Paixão pede platéia, amor pede cumplicidade.
Quando estamos apaixonados, desejamos que o mundo assista de camarote a nossa felicidade, mas, quando tornamos públicos os nossos romances, tornamos públicas também as expectativas em torno deles. Aí mora o meu questionamento: em tempos de exposição total, quão interessante pode ser um amor confidencial, longe dos holofotes, do mal olhado e da dor de cotovelo de quem é – infelizmente – mal amado?
Admito que sou um entusiasta das relações virtuais. Conheci – e continuo conhecendo – pessoas fantásticas através das redes sociais, pessoas que tornam-se, muitas vezes, inesquecíveis. Já expus alguns dos meus relacionamentos também e, quem sou eu para dizer que não o farei novamente, um dia. Este texto não é nem de longe uma condenação, mas uma pequena reflexão acerca dos desgastes que a uma exposição desse porte pode acarretar a uma relação amorosa, entretanto, somente o casal em questão é capaz de tomar essa decisão.
Espero que os romances sejam lindos e duradouros, com ou sem um status de relacionamento nas redes sociais.
fonte: Fellipo Rocha


As vezes só queremos alguém que entenda


Que entenda que nem sempre acordaremos bem e, que mesmo de mal-humor, amaremos do mesmo jeito.
As vezes só queremos alguém que entenda
Que entenda que nem sempre nos sentiremos seguros e que precisaremos sim, de periódicas declarações de amor. Que nem sempre gostaremos daquele seu amigo do peito, afinal, existe gosto para tudo. Alguém que entenda que as vezes sentiremos ciúmes e outras vezes não, e isso é realmente confuso, até mesmo para nós. Que devemos sim ter privacidades, mas que nada fica escondido para sempre.
Que entenda que precisaremos de espaço e que isso não significa que não queremos mais a sua companhia. Que as vezes não apreciaremos a sua roupa nova, mas mesmo assim respeitaremos o seu direito de passar vergonha na rua e, além disso, provaremos o nosso amor e andaremos de mãos dadas contigo. Que entenda que de vez em quando terá que decifrar os nossos olhares, já que recorreremos ao direito de permanecermos calados.
As vezes só queremos alguém que entenda que mesmo havendo altos e baixos, devemos encarar com o mesmo amor e a mesma responsabilidade, os prazeres e as batalhas que constroem um relacionamento.




Erros que acabam com os relacionamentos

Erros que acabam com os relacionamentos

Psicóloga fala sobre o tema e dá dicas para manter relação duradoura



Nem todo amor do mundo basta para manter um relacionamento. É preciso também ter respeito, paciência e saber aceitar as diferenças dos parceiros. Mas a vontade de fazer dar certo e de construir uma relação duradoura faz com que muitas mulheres, mesmo com as melhores intenções, ajam de forma impulsiva e acabem tendo um resultado contrário ao esperado, prejudicando a relação e às vezes até fazendo com que ela chegue ao fim.
“É preciso que homens e mulheres vivam relações de trocas, parcerias e de tolerância as diferenças. Relações mais imaturas são baseadas em competição, poder x submissão, força x fraqueza e esses comportamentos são motivo de afastamento de ambos os parceiros pois produzem relações hierarquicamente desniveladas”, explica a psicóloga Cristiane Pertusi.

Principais erros nos relacionamentoserros-relacionamentos-1


Ela diz que uma das principais atitudes que as mulheres fazem errado na relação é se casar rápido demais a apaixonada demais, sem ter tipo tempo para uma convivência maior com o namorado. "Vejo que muita gente se casa sem ter claro se a escolha do parceiro é boa, se há compatibilidade de estilos para convivência… O que importa  é casar. A escolha é feita no momento de muita idealização e simbiose da relação", diz.
Isso acontece porque, ainda hoje, a sociedade vê o casamento como uma necessidade, especialmente para as mulheres. "Às vezes existe certo status em dizer que se casou, que não ficou 'para titia’. Mesmo que tenha ficado casada por pouco tempo, pois o status de ser separada é melhor e mais confortante internamente do que ser ‘solteirona’", afirma.
A facilidade com que as pessoas se separam também é um erro, já que leva muita gente a se casar acreditando que, se não der certo, basta se separar. "É quase como se o casamento fosse o objetivo final e não o começo. Isso resulta em períodos de casamento com tempo 'relâmpago’", diz.
Ela diz que, para casar, é preciso refletir sobre seu estilo, seus costumes e sobre a capacidade de compartilhar, dividir e partilhar ideias e posturas diárias, pensar que o casamento é o começo de uma vida a dois, de um trilhar juntos que requer tolerâncias às diferenças e ao desejo do outro. "A chave para relacionamentos duradouros é maturidade emocional de seus parceiros. E quando houver crises no casamento, que ambos tenham motivação para superar juntos".
A psicóloga destaca ainda a importância de a mulher ter independência profissional e financeira, mas se não souber lidar com essa autonomia e dosar a liberdade, pode ser um fator de dificuldade para manter uma relação afetiva. "Para poder relacionar-se com outra pessoa é preciso saber estar junto com certo grau de equilíbrio, onde ambos permitem-se brilhar, ora um tem  prioridade ora o outro… E esse movimento emocional requer certo grau de maturidade e disponibilidade interna emocional de ambos", diz.