sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Consumo de mel pode fazer mal a bebês, afirma Anvisa



Consumo de mel pode fazer mal a bebês, afirma Anvisa



A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou recomendação para que adultos não dêem mel a crianças com menos de um ano. Ela se baseou em estudos que mostraram a presença da bactéria Clostridium botulinium, causadora do botulismo intestinal, em exemplares do produto.

Um dos trabalhos, realizado por pesquisadores da Unesp e publicado neste ano, analisou cem amostras de mel colhidas em 2002 e 2003 em mercados, feiras livres e camelôs de seis Estados --Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. A bactéria foi encontrada em 7% delas.

A pesquisa examinou apenas o mel artesanal, mas, segundo Adriana Valim Ferreira Ragazani, uma das autoras, análises preliminares mostraram que o produto industrializado também tem o mesmo risco.

A pesquisadora afirma que o ideal é que crianças só comam mel a partir dos dois anos. Até essa idade, afirma, sua flora intestinal não está totalmente formada. Isso permite o alojamento da bactéria no seu sistema digestivo, o que pode causar a doença. Adultos tendem a eliminar a Clostridium botulinium transmitida pelo mel.
 Em 2006, foram registrados cinco casos de botulismo. O Ministério da Saúde informou que ontem não teria tempo hábil para apurar se ocorreram em bebês e se a bactéria foi transmitida por mel.

Maria Cecília Martins Brito, da diretoria colegiada da Anvisa, diz que a agência não tem registros com essas características. Ela acredita, porém, que pode haver casos não diagnosticados ou em que o médico não faz elo entre a doença e o consumo do produto.

Brito ressalta que as evidências não são motivo para pânico. "É motivo para cuidado. Não precisamos ser submetidos a esse perigo." A recomendação tem caráter preventivo.

A autora do estudo da Unesp afirma que não é possível determinar com precisão a presença da bactéria no mel, mas duas hipóteses são: problemas na manipulação do produto ou na esterilização da embalagem.

A inspeção da qualidade do alimento é feita pelo Ministério da Agricultura. Questionada via assessoria de imprensa, a pasta, porém, diz que não analisa a presença da bactéria, pois não há regulamentação.

Ressaltando que não há razão para alarme, a diretora da Anvisa recomendou a mães de bebês que ingeriram mel que, por precaução, fiquem atentas a sintomas como prisão de ventre e dificuldade de sucção. O botulismo pode levar à morte, mas tem tr
atamento se diagnosticado a tempo.


ANDREIA CAETANO PIUMHI/MG

SÍNDROME DE DUMPING

SÍNDROME DE DUMPING


Explicação Resumida

É a passagem rápida do conteúdo gástrico, ou seja, dos alimentos presentes no estômago, para o intestino, principalmente dos alimentos ricos em açúcar. Os sintomas comuns são náuseas, fraqueza, suor frio intenso, desmaios e diarréia após a alimentação. É necessário evitar os alimentos ricos em açúcar.

Perguntas frequentes sobre Dumping
1. Todos que operam tem dumping?



Não. Não é regra exata. Acontece com alguns e com outros não. Não dá para saber se você terá dumping ou não. Somente após a cirurgia, ingerindo os alimentos e verificando as reações que estes causam em você.

2. Como sei que estou tendo dumping?


Pelas sensações. As mais comuns são: sonolência, taquicardia, suor frio e moleza no corpo. Outras sensações são enjôos e diarreias.

3. Existe algum remédio que eu possa tomar para que as sensações passem logo?


Não. Elas passam após um tempo. O ideal é que você permaneça sentado ou deitado, descansando e esperando as sensações passarem.

4. Quanto tempo duram as sensações?

Não existe um tempo exato. Isto varia de pessoa para pessoa. Pode demorar uns 10 a 15 minutos ou bem mais que isso.

5. Com quais alimentos posso ter dumping?


Qualquer alimento rico em carboidratos, principalmente alimentos que contenham um alto teor de açúcar como geléias, chocolates, doces em geral.

6. Existe "cura" para o dumping?


É bom ressaltar que o dumping não é uma doença e sim uma consequência de uma alteração física (o desvio do intestino) originário da gastroplastia. O que acontece é que, com o passar dos anos, o paciente já conhece todas as reações que cada alimento provoca e se disciplina, evitando aqueles que lhe causam dumping. A grande maioria não se importa com o dumping que passa a ser algo corriqueiro em sua rotina. O dumping poderá acompanhar um paciente pelo resto de sua vida.




Explicação Detalhada

Introdução


Informações básicas. O estômago serve de ponto de recepção e armazenamento do alimento ingerido. As funções primárias do estômago são atuar como reservatório, iniciar o processo de digestão e esvaziar seu conteúdo distalmente no duodeno de maneira controlada. A capacidade do estômago nos adultos é de aproximadamente 1,5 litros a 2 litros, e sua localização no abdômen permite considerável distensibilidade.

A síndrome de dumping pode ser separada em formas precoce e tardia, dependendo da ocorrência de sintomas em relação ao tempo decorrido depois de uma refeição. Ambas as formas ocorrem devido à oferta rápida de grandes quantidades de sólidos e líquidos osmoticamente ativos no duodeno. A síndrome de dumping é o resultado direto de alterações da função de armazenamento do estômago e/ou do mecanismo de esvaziamento pilórico.

A severidade da síndrome de dumping é proporcional à taxa de esvaziamento gástrico. No período pós-prandial, a função do estômago é armazenar alimento e permitir a digestão química inicial por ácido e proteases antes da transferência de alimento para o antrogástrico. No antro, contrações de grande amplitude trituram os sólidos, reduzindo o tamanho das partículas de 1mm a 2 mm.

Uma vez que os sólidos tenham sido reduzidos ao tamanho desejado, são capazes de atravessar o piloro. Um piloro intacto impede a passagem de partículas maiores para o duodeno. O esvaziamento gástrico é controlado por tono fúndico, mecanismos antropilóricos e feedback duodenal. A cirurgia gástrica altera estes mecanismos de vários modos.

A ressecção gástrica pode reduzir o reservatório fúndico, reduzindo, assim, a receptividade do estômago a uma refeição. Semelhantemente, a vagotomia aumenta o tono gástrico, limitando a acomodação. Uma cirurgia, na qual o piloro é removido, derivado ou destruído, aumenta a taxa de esvaziamento gástrico.

A inibição do esvaziamento gástrico pelo feedback duodenal é perdida depois de um procedimento de derivação como a gastrojejunostomia. O esvaziamento gástrico acelerado de líquidos é fase característica e crítica na patogênese da síndrome de dumping. A função da mucosa gástrica fica alterada com a cirurgia, diminuindo as secreções gástricas e enzimáticas. Da mesma forma, as secreções hormonais que sustentam a fase gástrica da digestão são adversamente afetadas. Todos estes fatores se inter-relacionam na fisiopatologia da síndrome de dumping.

Dumping precoce

Acredita-se que os sintomas da síndrome de dumping precoce (30 a 60 minutos após a refeição) decorram do esvaziamento gástrico acelerado de conteúdo hiperosmolar para o intestino delgado. Isto leva a desvios de líquido do compartimento intravascular para a luz do intestino, resultando em distensão rápida do intestino delgado e aumento da freqüência de contrações intestinais. Demonstrou-se que a instilação rápida de refeições líquidas no intestino delgado induz a síndrome de dumping em indivíduos saudáveis.

A distensão intestinal pode ser responsável por sintomas GI como dor abdominal em cólica, distensão abdominal e diarréia. A contração do volume intravascular devido a desvios de líquidos osmóticos talvez seja responsável pelos sintomas vasomotores, como taquicardia e tonturas.

Esta hipótese tem sido questionada por várias razões. Em primeiro lugar, a intensidade do dumping não se relaciona confiavelmente ao volume de solução hipertônica ingerida. Em segundo lugar, a infusão intravenosa suficiente para impedir a queda de volume plasmático pós-prandial pode não abolir os sintomas do dumping.

A provocação com glicose oral em pacientes com dumping precoce, em geral, causa aumento da freqüência cardíaca. Embora se espere vasoconstrição num estado de contração de volume, os pacientes com síndrome de dumping têm vasodilatação, relatada pela primeira vez por Hinshaw e cols. A vasodilatação tem sido demonstrada por alguns investigadores, mas não por outros. Foi descrito um aumento do fluxo sangüíneo para a artéria mesentérica superior em pacientes com síndrome de dumping. Esta resposta vasodilatadora periférica e esplâncnica parece ser estratégica na patogênese do dumping.



Dumping tardio
Ocorre dumping tardio de 1 hora a 3 horas depois de uma refeição. A oferta rápida de uma refeição ao intestino delgado resulta em concentração inicial alta de carboidratos no intestino delgado proximal e rápida absorção da glicose.
Isso recebe oposição de uma resposta hiperinsulinêmica. Os altos níveis de insulina são responsáveis pela hipoglicemia subseqüente.


Freqüência

Nos EUA. A incidência e a severidade dos sintomas na síndrome de dumping estão relacionadas diretamente à extensão da cirurgia gástrica. Há uma estimativa de que 25% a 50% de todos os pacientes que têm sido submetidos à cirurgia gástrica têm alguns sintomas de dumping. No entanto, relata-se que somente de 1% a 5% têm sintomas incapacitantes. Relata-se que a incidência de dumping significativo é de 6% a 14% em pacientes depois de vagotomia do tronco e drenagem, vindo de 14% a 20% em pacientes depois de gastrectomia parcial. A incidência de síndrome de dumping depois de vagotomia gástrica proximal sem qualquer procedimento de drenagem é inferior a 2%.
Mudanças na necessidade de cirurgia gástrica eletiva têm levado a um declínio na freqüência de síndromes pós-gastrectomia. Ocorreu uma redução de 10 vezes nas cirurgias eletivas para úlcera péptica nos últimos 20 a 30 anos. Embora esta tendência precedesse o advento dos antagonistas dos receptores 2 da histamina, estes medicamentos e os inibidores da bomba de prótons têm acelerado o declínio.


Os sintomas sistêmicos de dumping precoce são:

a.. Vontade de se deitar

b.. Palpitações

c.. Cansaço

d.. Iminência de desmaio

e.. Síncope

f.. Diaforese

g.. Cefaléia

h.. Rubor


Os sintomas abdominais de dumping precoce são:

a.. Sensação de plenitude gástrica

b.. Diarréia

c.. Náuseas

d.. Cólicas abdominais

e.. Borborigmos


Dumping tardio:

a.. Perspiração

b.. Tremores

c.. Dificuldade de concentração

d.. Diminuição da consciência

e.. Fome



Exame físico

A síndrome de dumping é diagnosticada com base em sintomas típicos nos pacientes que foram submetidos à cirurgia gástrica. Os sinais e os sintomas podem ser desencadeados com o teste do desafio da glicose.

Sigstad desenvolveu um sistema de pontos de diagnóstico ao ponderar os fatores alocados aos sintomas de dumping. Um índice diagnóstico acima de 7 é sugestivo de síndrome de dumping.


O índice diagnóstico de Sigstad, indicando os sintomas e os pontos designados a esses sintomas, é o seguinte:


a.. Choque: +5

b.. Quase desmaio, síncope, inconsciência: +4

c.. Falta de ar, dispnéia: +3

d.. Fraqueza, exaustão: +3

e.. Sonolência, bocejos, apatia, adormecimento: +3

f.. Agitação: +2

g.. Tonturas: +2

h.. Cefaléias: +1

i.. Sensação de calor, sudorese, palidez, pele pegajosa: +1

j.. Náuseas: +1

k.. Abdômen distendido, meteorismo: +1

l.. Borborigmo: +1

m.. Eructação: -1

n.. Vômitos: -4



Conclusão

A síndrome de dumping é complicação pós-cirúrgica comum depois de cirurgia gástrica. Os sintomas de dumping produzem morbidade considerável.
Felizmente, as indicações para cirurgia gástrica estão declinando, embora a necessidade de cirurgia gástrica em casos de emergência não tenha mudado.

Inicialmente, os pacientes com esta afecção devem ser tratados clinicamente com modificações da dieta e octreotida. Deve ser dada muita atenção ao estado nutricional do paciente. Se a conduta clínica falhar em proporcionar alívio adequado dos sintomas, deverá ser oferecida cirurgia para remediar com a compreensão de que mesmo a intervenção cirúrgica pode não ser bem-sucedida.

Dieta: Proibições e instruções na dieta são muito importantes na conduta para a síndrome de dumping.

A ingestão diária de calorias se divide em 6 refeições.
A ingestão de líquidos durante e com as refeições fica restrita. É útil evitar líquidos por pelo menos meia hora depois de uma refeição.
É melhor evitar açúcares simples.
Leite e derivados, em geral, não são tolerados e devem ser evitados.
Como a ingestão de carboidratos fica restrita, a ingestão de proteínas e de gordura deve ser aumentada para preencher as necessidades energéticas.

A maioria dos pacientes tem sintomas relativamente leves e responde bem às manipulações da dieta. Em alguns pacientes com hipotensão pós-prandial, o decúbito dorsal por 30 minutos depois das refeições pode adiar o esvaziamento gástrico e também aumentar o retorno venoso, assim minimizando as chances de síncope.

A suplementação de fibras na dieta tem comprovado efeito no tratamento de episódios hipoglicêmicos. Muitas terapias clínicas têm sido testadas, incluindo pectina, goma de aguar e glucomannan. Estas fibras da dieta formam géis com carboidratos, resultando em demora na absorção da glicose e prolongamento do tempo de trânsito intestinal.



PLATÔ

Com a rápida perda de peso causada pela cirurgia, o corpo inicia um processo de "proteção", armazenando todas as calorias, já que ele - o corpo - começa a ser privado da grande quantidade de calorias ao qual estava acostumado. Como conseqüência disto, há uma parada na perda de peso, ficando o peso estacionado por um longo período, até de meses. Os platôs geralmente ocorrem por volta do sexto mês após a cirurgia. Porém podem ocorrer também antes, fazendo com que a pessoa fique algumas semanas estacionada em um determinado peso.

Vale lembrar que o corpo NECESSITA de alimento e a falta dele também pode gerar platôs.

Quando isto ocorrer, não é preciso se assustar. Basta continuar a se alimentar e esquecer a balança por algum tempo. É comum ao gastroplastizado tornar-se "sócio da balança", pesando-se 2 a 3 vezes por dia. Isso não é bom. Deixe que o seu corpo irá eliminar os kg dentro da capacidade dele. Quando você menos esperar, estará com muitos kgs a menos.

Se os platôs permanecerem por muito tempo, consulte o seu médico e a sua nutricionista.

Fonte: http://www.gastroplastia.net

Ampliação da licença-maternidade reduz risco de mortes de bebês

Ampliação da licença-maternidade reduz risco de mortes de bebês


A chance de uma criança não amamentada ser internada por pneumonia nos primeiros três meses de vida é 61 vezes maior que para a alimentada com leite materno

A ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses terá impacto direto na saúde dos recém-nascidos. A mãe, por exemplo, vai poder seguir a recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde de amamentar o bebê exclusivamente com leite durante os seis primeiros meses de vida. Com aleitamento materno, o bebê tem menos chances de ter diarréia, pneumonia – doenças responsáveis por boa parte da mortalidade infantil, principalmente em regiões mais carentes – diabetes, câncer ou de desenvolver alergias. De acordo com a área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, a estimativa é de que o aleitamento evita 13% das mortes em crianças menores de cinco anos em todo o mundo.


“Toda estrutura emocional, e mesmo biológica, tem uma forte relação com aleitamento ao seio materno e também com a prolongação de um contato entre a mãe e o bebê nesse período tão difícil e tão crítico. Os benefícios, do ponto de vista de saúde pública, são incontestáveis”, afirmou o ministro José Gomes Temporão.

A chance de uma criança não amamentada ser internada por pneumonia nos primeiros três meses de vida é 61 vezes maior que aquela alimentada exclusivamente com leite materno. O risco de hospitalização por bronquite é sete vezes maior entre os bebês amamentados por menos de um mês. E mais: cerca de sete mil mortes de recém-nascidos no primeiro ano de vida poderiam ser evitadas com a amamentação na primeira hora do parto.

No Brasil, a duração do aleitamento exclusivo está muito abaixo da recomendada. A sondagem realizada em 1999, nas capitais e no DF, revelou que apenas 9,7% dos bebês recebiam exclusivamente o leite materno entre cinco e seis meses de idade. Na última década, a situação melhorou, mas ainda está longe do ideal. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, constatou que a prevalência de aleitamento exclusivo para crianças menores de quatro meses chega a 45%.


CUSTOS – A ampliação da licença também diminui os gastos do Sistema Único de Saúde com internações de crianças até dois anos de idade, motivadas por diarréia e pneumonia. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, apenas no ano passado, ocorreram 179.467 internações por diarréia e outras 321.310 por pneumonia, que somam um gasto de R$ 246,8 milhões.

O ministro comemorou a aprovação, pelo Senado Federal, e a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de sancionar a lei que amplia de quatro para seis meses a licença-maternidade. “Sem dúvida, é um avanço. Em todo o país, o que estamos assistindo são governos estaduais e muitas prefeituras concedendo a licença de seis meses para as funcionárias”, disse o ministro.

Temporão reconheceu que o benefício fiscal concedido para estimular a empresa a cumprir a nova lei não é uma situação ideal. “Mas é um passo extremamente importante no direito das mulheres aos seis meses de licença-maternidade”, afirmou. O projeto não torna obrigatória a ampliação da licença maternidade. Para o setor público, a lei é apenas autorizativa e facultativa para a iniciativa privada. Mas, para atrair adesão das empresas, prevê a dedução no imposto de renda do valor correspondente aos dois meses de salário pago à empregada parturiente.

Veja abaixo uma série de benefícios com a ampliação da licença-maternidade para seis meses:

Alimentação adequada: oferecimento do alimento mais adequado para os primeiros seis meses de vida, o leite materno, que contém nutrientes necessários à criança, com fácil digestão, sem necessidade de oferecer outros alimentos, inclusive água, e rico em anticorpos e outras substâncias que protegem contra infecções.

Fortalecimento do vínculo mãe/filho: contato corporal e olho no olho que vincula mãe e bebê nos primeiros meses de vida, auxiliado pela amamentação, dá continuidade à construção dos ambientes a serem explorados e incorporados como territórios vivenciais para a criança rumo a seu desenvolvimento saudável. Esta lógica de pertencimento, de capacitação para a integração social, nesta precoce etapa da vida, cada vez mais se apresenta nas considerações científicas como a base para a estruturação da personalidade e habilidade para lidar no futuro com situações de estresse e agressividade, tornando-a sujeito apto a desenvolver seu papel social

Impacto positivo na sobrevida e saúde infantil: redução da mortalidade e morbidade por diarréia, pneumonia e infecção grave em recém-nascidos. Sabe-se que crianças de zero a cinco meses que não estão recebendo aleitamento materno tem o risco sete vezes maior de morrer por diarréia e cinco vezes maior de morrer por pneumonia, quando comparadas com crianças em aleitamento materno exclusivo, e nesse mesmo grupo de idade, o risco de morte por diarréia é duas vezes maior nas crianças que estão em aleitamento materno não exclusivo, comparadas com as que estão em aleitamento materno exclusivo.

Redução do risco de desenvolvimento de atopias na criança, como asma, rinites alérgica, intolerância alimentar etc.

Ampliação do potencial cognitivo da criança: a literatura científica demonstra que o aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento cognitivo das crianças.

Redução do câncer de mama e de ovário: a amamentação prolongada é um fator de proteção para câncer de mama: há uma relação inversa estatisticamente significante entre duração da amamentação e risco de desenvolvimento de câncer de mama, pelas mães. O efeito protetor é maior quanto maior for a duração da amamentação. O mesmo ocorre com o câncer de ovário.

Ampliação da oferta de métodos contraceptivos: Método da amenorréia lactacional: a amamentação exclusiva é um reconhecido método contraceptivo nos primeiros seis meses pós-parto, sendo seu efeito reduzido caso a mulher menstrue. É conhecido como método da Amenorréia Lactacional ou LAM.

Diminuição do índice de fraturas de quadril por osteoporose: revisão da literatura concluiu que há menores índices de fraturas de quadril por osteoporose entre as mulheres que amamentaram.

Redução da obesidade pós-parto: a amamentação prolongada contribui para mais rápida recuperação do peso pré-gestacional, com redução do índice de massa corpórea e, conseqüentemente, da obesidade, principalmente quando a amamentação é exclusiva.

Apoio às mulheres que tiveram Gestação de alto risco: em muitos casos de gestação de alto-risco, a licença-maternidade é iniciada mais precocemente. A ampliação da licença permitirá que essa mãe tenha um período maior, após o parto, para prestar os devidos cuidados e interagir com seu filho, objeto de preocupações durante a gestação.

Ofertas do SUS como fator de proteção: Em 2003, pesquisa realizada com 34.435 crianças de 111 municípios do Estado de São Paulo indicou que, nas localidades onde há várias ações voltadas ao aleitamento exclusivo, as crianças atendidas pelo SUS têm mais chances de serem amamentadas exclusivamente com leite materno até o sexto mês de vida em relação àquelas que utilizam o sistema privado; Isto demonstra o potencial das políticas públicas de aleitamento materno exclusivo até os seis meses na redução do risco de desmame.

Impacto econômico positivo para saúde: o aleitamento materno, por reduzir a morbimortalidade, e contribuir fortemente no desenvolvimento de indivíduos física e emocionalmente saudáveis é um fator importante na economia da saúde, pois reduz gastos com atendimento ambulatorial e hospitalar, além de potencializar o desenvolvimento nacional.

Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351
Atendimento ao Cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315 2425

andreia caetano piumhi/mg