terça-feira, 8 de outubro de 2013

GRAVIDEZ-DA FECUNDAÇÃO AO PARTO

GRAVIDEZ-DA FECUNDAÇÃO AO PARTO

Acompanhar o desenvolvimento do bebê durante os nove longos meses de gestação é maravilhoso. Nenhuma invenção do ser humano, por mais completa e evoluída que seja, chega aos pés da magia que é o encontro de duas células num ambiente propício a formar um novo ser completinho, pronto para chorar e mamar...

Os médicos obstetras consideram a primeira semana da gestação aquela que inicia o ciclo menstrual que resulta na gravidez, ou seja, o primeiro dia da última menstruação.

A fecundação (encontro do óvulo com o espermatozóide que formará o embrião) ocorre somente no fim da segunda semana do ciclo, na maioria das vezes.

A implantação (quando embrião "gruda" no útero) ocorre no fim da terceira semana, quando pode ocorrer uma pequena perda sanguínea que não prejudica a gravidez.

Na quarta semana inicia-se a formação propriamente dita do embrião.


5ª semana 



A futura mãe percebe que a menstruação está atrasada há aproximadamente 5 dias. O sistema circulatório do embrião, juntamente com o coração, começa a ser formado. Além disso, os primórdios do sistema nervoso central também já existem com o fechamento do tubo neural. 


6ª semana 

Brotos dos membros superiores e inferiores estão se formando. O embrião mede aproximadamente 4 mm.

7ª semana 




O embrião chega a medir 8 mm. A face primitiva está em desenvolvimento. 

8ª semana 
O embrião chega a medir 13mm de comprimento. Os dedos já são visíveis, bem como as orelhas. Inicia-se o desenvolvimento dentário. 

9ª semana 
Nesse período ele já se mexe bastante dentro do útero, porém a mãe ainda não percebe. A genitália externa é definida, ou seja o sexo já está estabelecido. O comprimento chega a 18mm. 
10ª semana 




Os primórdios de todas as estruturas essenciais externas e internas já existem. O embrião chega a 30mm de comprimento. Entre 10 e 14 semanas pode-se, através da ultra-sonografia, medir a translucência nucal que, quando normal, afasta em 85% a chance da criança nascer com Síndrome de Down. 

11ª semana 
O embrião chega a medir 50mm. Na ultra-sonografia já se pode observar o estômago, a bexiga e massa encefálica, além do esboço da coluna vertebral. 

12ª semana 


O embrião torna-se um feto, ou seja, suas características físicas assemelham-se à de um adulto. A face tem aspecto humano. Ele chega a medir 61mm. A placenta torna-se o órgão responsável pela nutrição fetal. As unhas dos dedos das mãos e dos pés começam a se formar. 

13ª semana 




Inicia-se o segundo trimestre da gestação. A "barriguinha" da gestante começa a apontar, pois o útero já ocupa a parte superior da pelve. O sistema tegumentar que forma a pele já está se desenvolvendo. 

14ª semana

A possibilidade de o médico obstetra escutar os batimentos cardíacos fetais com um aparelho chamado sonar já é bem alta: depende da quantidade de tecido adiposo da paciente e da posição fetal. 


15ª semana 

O sexo fetal já pode ser definido pelo exame de ultra-som. Isso depende principalmente da posição fetal, além do equipamento utilizado e do profissional que realiza o exame. Existem casos em que não se consegue diagnosticar o sexo fetal até o fim da gestação pelo ultra-som, outros em que há grande facilidade em se identificar a genitália. 


16ª semana 



O feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o mostrará por partes. A ossificação do esqueleto fetal progride rapidamente nesse período. 


17ª semana 
A movimentação fetal nessa fase é intensa, porém a mãe ainda não consegue percebê-la. 


18ª semana 
Nos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os testículos, nos fetos masculinos, iniciam sua descida para a bolsa escrotal. 


19ª semana 
Os sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam harmoniosamente. O feto deglute parte do líquido amniótico e elimina urina no líquido. 


20ª semana 
A partir dessa época a maioria das gestantes começa a sentir as movimentações fetais. As primigestas (primeira gestação) podem sentir mais tardiamente, por volta de 22 semanas. Entre 20 e 24 semanas de gestação pode se realizar o ultra-som morfológico, que é o exame não invasivo mais detalhado que existe atualmente para o estudo da função dos órgãos e sua morfologia. É a época apropriada para o rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso fetal está em torno de 500gramas. 


21ª semana 
O soluço fetal pode ser percebido freqüentemente até o fim da gestação. 


22ª semana 

Os pêlos começam a tornar-se visíveis, inicialmente nas sobrancelhas, nos lábios superiores e queixo, bem como os cabelos. 


23ª semana 


O feto mexe bastante nessa fase gestacional, podendo dar cambalhotas, virar de um lado para o outro e inclusive dormir no útero materno. 


24ª semana 
O comprimento céfalo-nádegas é em torno de 21cm, e o peso em torno de 650g. 


25ª semana 
As medidas do feto tornam-se mais proporcionais a partir dessa fase. 


26ª semana 



A partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da gestação que se caracteriza pelo ganho de peso fetal, além do amadurecimento de seus órgãos. 


27ª semana 
A pele encontra-se enrugada devido à escassez de gordura subcutânea. Os olhos começam a abrir. O feto tem aparência magra. 


28ª semana 
O peso fetal está em torno de 1kg. 


29ª semana 
A gordura subcutânea já está desenvolvida, ou seja, a pele enrugada desaparece. O sistema nervoso central atinge um grau de desenvolvimento satisfatório, permitindo já um certo controle de regulação térmica corporal. O feto já ensaia movimentos respiratórios intra-uterinos. 


30ª semana 
Daqui para frente a implantação placentária é definitiva, ou seja, não há mais deslocamento da mesma. Normalmente após esse período o feto já fica na posição correta, que é de ponta cabeça, ou seja, dificilmente dará uma cambalhota para ficar sentado. 


31ª semana 
Os núcleos de ossificação do fêmur (osso principal do corpo humano) já se formaram, indicando que o amadurecimento ósseo está adequado. 


32ª semana 
As contrações uterinas fisiológicas, que preparam o útero para o trabalho de parto, iniciam-se lentamente nessa fase. A gestante pode sentir a barriga "endurecer" por curtos períodos de tempo e não rítmicos. 


33ª semana 
A partir dessa semana é interessante que a gestante vá preparando os últimos detalhes do enxoval do bebê, que conheça a maternidade e o melhor caminho para chegar lá. 


34ª semana 
O peso fetal está em torno de 2kg. 


35ª semana 
A partir dessa época, os pulmões já produzem surfactante, uma substância fabricada pelo próprio organismo que faz com que eles sequem, e eles deixam de ser imaturos. 


36ª semana 

A média de peso fetal é de 2,5kg. A partir dessa semana é comum a realização de um exame chamado cardiotocografia anteparto ou monitoragem fetal. É feito semanalmente e tem o intuito de avaliar o bem estar fetal, ou seja, a sua 
vitalidade. 


37ª semana 
Ao final desta semana o feto já é considerado maduro por isso, caso a paciente entre em trabalho de parto espontaneamente, o recém-nascido não será prematuro. Porém nesse período o feto freqüentemente ainda está em fase de ganho de massa corporal, em torno de 200-250g/semana. 


38ª semana 
As gestantes em geral apresentam contrações uterinas ainda não rítmicas que preparam o organismo para o trabalho de parto. Fique atenta às movimentações fetais e a uma eventual perda de líquido. 


39ª semana 
No fim da gestação é importante o controle médico semanal. Muitas mulheres já apresentam dilatação do colo uterino. 


40ª semana 
O final desta semana coincidirá com a data que o médico calculou como a data provável do parto no início do pré-natal. Em alguns casos, a duração da gestação pode ser superior a 40 semanas, mas o acompanhamento médico é fundamental nesse período para garantir o bem estar materno e fetal.

DESENVOLVIMENTO GERAL:




De 1 a 7 semanas






8 semanas




12 semanas




16 semanas




20 semanas




24 semanas




28 semanas




32 semanas




36 semanas

-------------------------------------------------

TEXTO 2

O que somos às 10, 12 e 16 semanas de VIDA?


1º Mês:

“Cerca de 22 dias depois da fecundação, as células cardíacas diferenciam-se. Ao fim do primeiro mês, já existe um coração minúsculo a bater e o sangue circula no embrião. Começa a formar-se o sistema nervoso e os restantes órgãos do corpo, nomeadamente o fígado, os pulmões, o pâncreas, a laringe e os ouvidos. Surgem as saliências que darão origem aos membros superiores e inferiores. Às 4 semanas, o embrião mede 4 a 6 milímetros e não chega a pesar uma grama.”




Feto com 5 semanas.

2º Mês:

“Antes pensava-se que os principais órgãos do bebé só estavam formados a partir do segundo trimestre da gestação, hoje sabe-se que os órgãos estão todos formados ao fim da oitava semana de gestação. Ao longo do 2º mês começam-se a formar os órgãos. Na 6ª semana de gravidez aparece o esqueleto e surgem os primeiros reflexos nervosos. O coração bate 150 vezes por minuto e os braços e as pernas tomam forma. No rosto começam a desenhar-se os olhos, as orelhas, o nariz e a boca. Na oitava semana, o embrião movimenta-se no líquido amniótico e já são visíveis os órgãos genitais, mas ainda não é possível distinguir com exactidão o sexo do futuro bebé. Ao fim do 2º mês, o saco vitelino desaparece (responsável pelo fornecimento inicial de nutrientes e pela produção de células sanguíneas) e a placenta passa a assumir o papel fundamental de regulação do fornecimento de nutrientes e oxigénio. Também desaparece a pequena cauda situada no prolongamento da espinha dorsal. Na 8ª semana de gestação, todos os órgãos estão bem definidos, por isso o embrião passa a chamar-se feto…mede 27 a 35 milímetros e tem aproximadamente 4 gramas de peso.”




Feto com 7 semanas.

3ºMês:





“Neste período (entrada no 3º mês) nascem as unhas e formam-se os dentes. Observam-se também os primeiros movimentos musculares. O bater do minúsculo coração já pode ser facilmente detectado pelos médicos: bate entre 120 e 160 vezes por minuto. O feto começa a ensaiar os primeiros movimentos respiratórios, contraindo e relaxando o tórax. Às 11 semanas, já manifesta o reflexo de andar, como revelam as modernas imagens de ecografias a 4 dimensões: quando toca nas paredes do útero com os pés, o feto dá um impulso com as pernas, como se estivesse a saltar num trampolim (este tipo de reacção também se pode observar nos bebés recém-nascidos, até aprenderem a caminhar).
As modernas técnicas de imagem revelam que o feto começa também a mexer os lábios e a língua. Alguns estudos sugerem que é capaz de sentir o sabor do líquido amniótico. Às 11 semanas os rins já produzem urina e o estômago está activo, bem como os intestinos. O feto começa a treinar outro reflexo fundamental para sobreviver: chupa no dedo, gesto que indicia o impulso de mamar, essencial para assegurar a alimentação após o nascimento. A estrutura do pescoço já se identifica e o nariz toma a forma definitiva, demarcando os traços do rosto. As diferenças entre os órgãos genitais masculinos e femininos começam a ser mais pronunciadas, permitindo uma identificação mais clara do sexo do futuro bebé através de ecografias. A pele em torno dos olhos cresce e acaba por cobri-los dando origem às pálpebras. O sentido da audição desenvolve-se e o feto reage a sons fortes e aos estímulos do tacto, em especial os que são provenientes da mãe – o som é um dos meios para estabelecer os primeiros laços afectivos. No fim do 3º mês de gestação, o feto mede cerca de 7.5 cm e pesa 15 gramas.”


Feto com 12 semanas.

4º Mês:

“Nesta altura (entrada no 4º mês), o corpo da mãe revela sinais mais visíveis de gravidez, principalmente com o aumento do tamanho do ventre. A grávida é capaz de sentir o filho a mexer-se dentro da barriga. O feto reage aos sons e aos movimentos bruscos. Nascem-lhe as pestanas, as impressões digitais começam a formar-se e os vasos sanguíneos são visíveis através da pele fina. Começa a crescer uma fina penugem, que depois dará lugar ao cabelo. As pernas crescem e ficam mais compridas que os braços, mas as mãos tornam-se sensíveis e passam a agarrar e a explorar o ambiente que as rodeia, do cordão umbilical aos pés ou nariz. No 4º mês de gestação, o novo ser humano já tem muitos órgãos a funcionar: o fígado começa a produzir a bílis, por exemplo. Nos últimos anos descobriu-se que as células olfactivas já estão activas nesta fase do desenvolvimento. Mais: as análises revelam que os aromas intensos dos alimentos da dieta da mãe passam para o líquido amniótico. “Tudo indica que o paladar e o olfacto surgem mais cedo do que se pensava”, diz Jorge Branco, obstetra da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. No caso dos fetos de sexo feminino, os ovários já têm folículos com as células precursoras dos óvulos. Às 16 semanas, mede cerca de 16 centímetros e pesa 110 gramas.”


Feto com 16 semanas.


*mais imagens destas diferentes etapas (e com mais pormenor) aqui.
_______________________________________


Apesar da proposta de referendo se centrar nas 10 semanas de gravidez, decidi descrever a gestação até às 16. Ou seja, dos 2 meses e meio até aos 4 meses. Isto porquê?

O governo PS, apesar de colocar as 10 semanas em referendo (pretendendo dar um tom “equilibrado, razoável e sensato”, como diz Sócrates) tem intenções algo diferentes:

A 22 de Março de 2005 o PS aprovava na Assembleia um diploma a entregar ao Presidente da República (que então recusou a realização do referendo) onde se propunha novo referendo à IVG, também até às 10 semanas e tendo como única condição a consulta prévia de um Centro de Acolhimento Familiar. Contudo, o dito diploma continha outras cláusulas, prevendo-se um “alargamento do prazo para a realização do aborto das 12 para as 16 semanas em caso de perigo para a saúde física ou psíquica da mulher”. Também até às 16 semanas de gravidez, o projecto previa que deixasse de ser punível o aborto que ponha em perigo a saúde física ou psíquica da mulher "por razões de natureza económica ou social", que actualmente não são referidas na legislação. in: TSF

Ou seja, depois de conseguir que a população aprovasse a devassa da vida intra-uterina, enquanto princípio, dava-se um salto e esticava-se a legitimidade por mais umas “insignificantes” 6 semanas! Porque, convenhamos, alegar a saúde psíquica ou a natureza económico-social junto de um médico amigo e que até seja a favor do aborto, é tão só estender o ABORTO LIVRE ATÉ ÀS 16 SEMANAS, ou seja, 4 meses. Ora, tendo em conta que a tecnologia já permite a sobrevivência de prematuros com 7 meses de gestação, trata-se aqui de eliminar um ser-humano com mais de metade da sua gestação intra-uterina mínima cumprida. Isto é homicídio.

Estamos em risco de ser enganados assim, por portas e travessas. É por isso, também, que se torna essencial saber o que é a Vida às 16 semanas de idade, bem como ter conhecimento de TODAS as intenções do governo.
________________________________________


Todos sabemos que, para desvalorizar o acto abortivo, há quem argumente que o alvo da operação não passa de “uma incipiente combinação de células”, “uma forma de vida que ainda não se considera humana”, ou, em tom mais corrente, “uma coisa tão pequenina que mal se vê”, “uma posta de sangue”, entre outras.

Se vivemos na era da Ciência, como se diz, onde a lógica impera e os factos ditam a Lei, é bom que se comece por chamar as coisas pelos nomes correctos. À luz da ciência, e como se acabou de comprovar, o feto é um ser vivo, completamente autónomo da progenitora e humano em toda a sua dimensão, ainda que reduzida e vulnerável.

Desta forma, é preciso compreender, antes de mais, que o aborto é uma forma de eliminar VIDA HUMANA AUTÓNOMA:

- É “vida”, porque reproduz sinais vitais e porque o faz autonomamente da mãe (apesar de depender do corpo desta). Isto para além de possui sistema nervoso activo e evidenciar actividade cerebral desde cedo.

- É “humano”, porque para além de comportar esse código genético específico, evidencia sinais exteriores humanos desde os primeiros dias.

- É “autónomo”, porque não faz parte do corpo da mãe nem possui o mesmo código genético sequer. Para além de funcionar autonomamente dela, possui uma identidade genética única, enquanto ser-humano.
________________________________________


Compreendendo isto (e antes de se levar a cabo qualquer referendo), há que assumir, com a confirmação da Ciência, que esta discussão em torno da IVG, trata essencialmente de avaliar a violabilidade da vida humana intra-uterina.

É legítimo dispor sobre essa Vida? Esta é a questão primordial.