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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Como saber se estamos com a pessoa certa?


Como saber se estamos com a pessoa certa?



Vejo muitas pessoas sofrendo e se perguntando como saber se encontraram realmente sua alma gêmea. Essas questões surgem principalmente nos momentos de crise, quando um casal começa a se desentender e não consegue mais viver harmoniosamente.

Um ou outro sente que ainda existe amor, mas não entende o porquê de tantas brigas, tanta dor, tantas mágoas e dificuldades. E aí fica se torturando com a sensação de que a felicidade caminha muito distante do amor! Eu arriscaria dizer que pode haver dois motivos para que essa sensação tome conta de um relacionamento.

Primeiro, porque muitas pessoas têm um conceito limitado do que seja a felicidade. Ser feliz não significa viver sem problemas ou sem sofrimento, justamente porque a felicidade é algo que nasce como uma sementinha dentro da gente. Conforme vamos vivendo, caindo, levantando, sofrendo, aprendendo, conquistando e realizando nossa missão de vida, a felicidade vai sendo alimentada e tomando conta de nossos dias.

A felicidade é feita de aprendizados e é impossível aprender algo nessa vida sem que cometamos nenhum erro. No momento em que percebemos um erro, alimentamos nossa semente da felicidade. É quando nos tornamos mais sábios e mais conscientes de nossos limites. É quando podemos transcender e alcançar um novo patamar de consciência e capacidade de percepção.

O segundo motivo que faz com que uma pessoa tenha a sensação de estar muito distante da felicidade pode ser a falta de sintonia entre o que ela realmente é e o que ela demonstra ser. Ou seja, uma pessoa pode acreditar no que quiser, em quem quiser e na intensidade que quiser. Mas o grande segredo está em acreditar em si mesma. E para acreditar em si mesma, ela precisa conhecer muito bem suas qualidades, suas habilidades para fazer suas próprias escolhas.

Embora eu seja uma defensora irrefutável do amor e das relações amorosas, creio que toda expectativa em torno de um encontro com uma outra alma não deve nos escravizar. Devemos aceitar que, acima de tudo, o amor é uma conseqüência e não um objetivo como a maioria de nós o torna! O amor acontece a partir de uma receita interna e pessoal. Ou seja, cada um de nós tem uma receita diferente de todas as outras pessoas. É por isso que não dá para fazer o que o outro faz para conseguir o resultado que o outro conseguiu.

As receitas e os resultados são pessoais. Cada um deve se concentrar em si mesmo para obter seu próprio resultado, o melhor de si. Seria como pensar num bolo. Ninguém faz um bolo diretamente como ele é, consistente, fofinho, cheiroso, quentinho e com todas as suas outras características deliciosas. O que fazemos é uma alquimia de ingredientes. Misturamos ovos, farinha, fermento, manteiga, chocolate (ou qualquer outro ingrediente que lhe dará um sabor específico) e o entregamos ao calor do forno. A partir de então, acontece uma magia que o transforma, unindo os ingredientes de tal forma que o processo acontece... e surge um bolo!

Assim acontece com o amor e o encontro com a pessoa certa. Não podemos focar nossa atenção e nossa energia no encontro, mas na receita. O nosso forno é a vida, é o calor do coração. Ela propiciará a transformação, a alquimia que une nossos ingredientes internos e pessoais com os ingredientes de outra pessoa e faz com que surja o amor, o encontro, a felicidade.
E, principalmente, jamais poderemos acreditar que essa alquimia é algo que acontece num instante e dura para sempre. Muito pelo contrário! A alquimia precisa ser repetida, reformulada e readaptada todos os dias de nossas vidas. A alquimia do amor é uma prática que, uma vez abandonada, perde a força e o sentido; deixa de existir...

texto de Rosana braga