domingo, 7 de setembro de 2014

Liberace

Liberace


Wladziu Valentino Liberace,
Liberace nasceu numa família de músicos. Seu pai, o italiano Salvatore Liberace, tocava trompa na Orquestra Filarmônica de Milwaukee. Sua mãe, a polaco-americana Frances Zuchowski, tocava piano. Seu irmão George era violinista. Desde muito cedo o menino demonstrou uma aptidão excepcional pelo piano. Quando tinha sete anos, tocou para Paderewski que, impressionado com a precocidade do rapaz, ajudou-o a entrar como bolsista no Colégio de Música de  Wisconsin Os estudos do jovem estenderam-se por dezessete anos. Com apenas onze anos, ele foi solista num concerto com orquestra e, durante sua adolescência, apareceu tocando com importantes orquestras.
Parecia que Liberace iria tornar-se um pianista clássico; porém, ao apresentar um recital, escolheu tocar como encore  não uma obra de um compositor erudito, mas sim um arranjo  de uma música popular. Nascia assim o showman Liberace. Um pianista extraordinariamente treinado sob o ponto de vista da escola tradicional do piano, mas que ousou fazer o inusitado, usar toda a sua arte não apenas num repertório clássico, mas também na música popular. Além de tocar, ele cantava e dançava. Posteriormente Liberace jamais executaria qualquer canção sem um arranjo pessoal e inimitável. Sua inesgotável capacidade pianística levou-o a ser chamado de o "Liszt de Las Vegas".
A partir de 1953, apresenta um programa semanal na televisão em rede nacional. Nesta década, Liberace processa alguns jornais que publicaram matérias alegando sua suposta homossexualidade. Seu vestuário era ao mesmo tempo luxuoso e espalhafatoso. Uma exposição de alguns dos valiosos bens pertencentes a Liberace é realizada em em 1966. Liberace era um notório colecionador, principalmente de mobiliário antigo, pianos antigos e carros de luxo Hollywood, na Califórnia . Entre os muitos pianos que chegou a possuir, havia um que pertencera a chopin e outro que pertencera a George Gershwin.
Em 1973, Liberace publica sua autobiografia. Em Las Vegas, é inaugurado, em 1979, o Museu Liberace, uma oportunidade para seus admiradores verem seus pianos, carros, e outros objetos. No auge de sua carreira, Liberace chegou a ganhar cerca de cinco milhões de dólares anualmente, tendo construído cinco luxuosas mansões. Nunca antes, na história da música, um instrumentista havia ganho tanto dinheiro.
Em 1980, a morte de sua mãe deixa-o profundamente abalado. Seu irmão George morre de leucemia em 1983. Sua última aparição pública foi em novembro de 1986, no Radio City Music Hall, em Nova Iorque. Três meses depois, morreria aos 67 anos por complicações causadas pelo vírus da AIDS, em sua residência de Palm Springs, na Califórnia. Seus restos mortais jazem, juntamente com os de sua mãe e seu irmão, em um túmulo encimado por uma bela estátua, no Cemitério Forest Lawn, em Hollywood,Los Angeles.



Liberace Museum, Las Vegas, Nevada viagem
museu LIBERACE  em Las Vegas

Resenha de Filme: Minha Vida Com Liberace

A trama gira em torno da relação entre Liberace e Scott Thorson, sendo o primeiro deles um famoso pianista americano, que chegou a ser o artista de melhor cachê do show business entre 1950 e 1970. Seu estilo e comportamento era extravagante e nitidamente gay, porém, por questões de preservação de sua imagem junto aos fãs, muitos esforços eram dispendidos para negar e esconder sua opção sexual. A relação dos dois durou cerca de cinco anos e a proposta da película é exatamente de mostrar o começo, a evolução e o término deste relacionamento, que conta com pessoas de idades, histórias de vidas e gostos diferentes.
Apesar de ser considerado muito exagerado pelos estúdios, o longa não cansa e não trata o sexualismo da dupla como foco principal da história. As atenções estão voltadas para o sentimento proveniente da relação e as dificuldades e situações a que se dispõe quando se tem um caso secreto com uma celebridade. Outro ponto importante é que tudo é tratado com muito respeito e de forma equilibrada e bem feita. O humor está presente sem ser escrachado e de forma muito competente garante a fluidez durante quase duas horas de projeção.
Scott assume o papel da mulher dos anos setenta e abre mão de seus sonhos e ambições para se jogar de vez em um relacionamento, que tem tudo para não dar certo. Scott de fato é o protagonista da produção, pois tudo é visto sob sua ótica e o enredo foi baseado em sua biografia, lançada um ano após a morte de Liberace. O trabalho de interpretá-lo é muito bem aproveitado por Matt Damon, que demonstra ser capaz de atuar em qualquer segmento da sétima arte. Seu personagem é carismático quando se espera isso dele e irritante quando sua vida vai perdendo o rumo.
Mesmo com uma grande atuação, Damon foi ofuscado pelo seu colega em cena, Michael Douglas, que rouba todos os momentos que participa e entrega um personagem exagerado e ao melhor estilo de uma celebridade que sabe sua importância. Ele está deslumbrante e merece ser reconhecido por sua atuação, já conquistando até o momento o prêmio de melhor ator do Emmy 2013, principalmente por mudar seu tom de voz, pela entrega e por conseguir entregar um personagem simples e complexo, que encanta em alguns momentos e causa repudio em outros. Simplesmente espetacular.
O trabalho técnico da produção também merece destaque. A maquiagem é muito bem feita e o figurino extravagante também ganha sua parte de importância a trama. A trilha sonora, repleta de referências ao trabalho do personagem principal, também e muito boa. Não quero que seja a despedida de um diretor sensacional e torço por mais filmes dele, porém caso sua aposentadoria seja mesmo confirmada, a despedida de Steven Soderbergh foi em alto estilo.
Está ai o filme, pra quem gosta de um belo romance com algumas cenas que nos fazem dar boas risadas.Assisti essa semana e confesso que gostei muito e recomendo!!!

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